Tenho certeza que em algum momento da sua vida essa dúvida dominou a sua mente e foi seu primeiro calvário, afinal, devemos fazer o que gostamos ou gostar do que fazemos?
Na grande maioria dos casos, somos influenciados pelos próprios pais e familiares sobre as orientações vocacionais, que acabam recomendando “fazer o que gosta”! Mas um conselho como este pode ser um pouco equivocado.
Não é bem como esperamos ou como queremos, mas é o que é. Empresas pagam profissionais para fazer o que a comunidade acha importante ser feito, não aquilo que os funcionários gostariam de fazer.
Se fosse o caso, as pessoas só jogariam futebol, jogariam vídeo game o dia todo e beberiam um chope na praia todos os dias! Não seria um caos?
Seria um mundo perfeito se as coisas que queremos fazer coincidissem exatamente com o que a sociedade acha importante ser feito, mas quem tiraria o lixo, limparia as ruas, cuidaria dos doentes nos hospitais, entre outros?
Existem diversos argumentos e desculpas para trabalhar no terceiro setor, porque é o que a maioria gostaria de fazer, por isso sempre escuto: “Quero ajudar os outros, não quero participar desse capitalismo selvagem. ” Claro que seria um sonho para qualquer um, mas é um total egoísmo! O que seria de nós se ninguém produzisse sapatos e meias, só porque alguns membros da sociedade só querem “fazer o que gostam”?
Médicos e enfermeiras atendem aos sábados e domingos não porque gostam, mas porque isso tem de ser feito. Empresas, hospitais, entidades beneficentes estão fazendo o que é preciso ser feito, aos sábados, domingos e feriados. Então teremos de trabalhar em algo que odiamos, condenados a uma vida profissional chata e opressiva?
A resposta é: NÃO! A saída para esse dilema é aprender a gostar do que você faz e acredite se quiser, é mais fácil que se pensa. Sabe como? Você precisa trabalhar com um propósito que te mova, em primeiro lugar. Em segundo lugar, trabalhar com esmero e bem feito.
Curta o prazer da excelência, o prazer estético da qualidade e da perfeição. Aliás, isso não é um conselho simplesmente profissional, é um conselho de vida. Se algo vale a pena ser feito na vida, vale a pena ser bem feito. Viva com esse objetivo, você poderá não ficar rico, mas será feliz.
Provavelmente, nada lhe faltará, porque se paga melhor àqueles que fazem o trabalho bem feito do que àqueles que fazem o mínimo necessário. Se quiser procurar algo, descubra suas habilidades naturais, que permitirão que realize seu trabalho com distinção e o colocarão à frente dos demais.
Muitos profissionais odeiam o que fazem porque não se prepararam adequadamente, não estudaram o suficiente, não sabem fazer aquilo que gostam, e aí odeiam o que fazem mal feito.
Sempre fui um perfeccionista e fiz muitas coisas chatas na vida, mas sempre fiz questão de fazê-las bem feitas. Sou até criticado por isso, porque demoro demais, vivo brigando com quem é incompetente, reescrevo estes artigos umas quarenta vezes para o desespero de meus editores, sou superexigente comigo e com os outros.
Hoje, percebo que foi esse perfeccionismo que me permitiu sobreviver à chatice da vida, que me fez gostar das coisas chatas que tenho de fazer. Se você não gosta de seu trabalho, tente fazê-lo bem feito e seja o melhor em sua área, destaque-se pela precisão. Você será aplaudido, valorizado, procurado, e outras portas se abrirão. Com isso, começará a ser até criativo, inventando coisa nova, e isso é um raro prazer.
Faça seu trabalho mal feito e você odiará o que faz, odiando a sua empresa, seu patrão, seus colegas, seu país e a si mesmo.
Sou empreendedor há mais de 30 anos, comecei aos 16. Empreendi no mercado de motos e cheguei a ter 6 empresas. Descobri meu propósito depois dos 38 anos de idade. Nunca é tarde e nunca é cedo, só Deus sabe nossa hora!
Sempre focado em inovação e atento a novas tendências do mercado.
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